terça-feira, 13 de março de 2007

De onde vim? Para onde vou?


Essa clássica pergunta, que nunca sai de moda, é a pergunta que expressa uma das mais profundas angústias da alma humana. Muitos, em todos os tempos, têm tentado encontrar uma resposta. Para tanto, procuram as mais antigas histórias, criam fábulas, resgatam lendas, recorrem aos espíritos, ou criam teorias e passam à vida inteira tentando defendê-las. Outros, no entanto, procuram fugir desta indagação para não correrem o risco de serem atormentados pela própria consciência a ponto de terem que procurar uma resposta. Esse segundo grupo nunca para numa noite estrelada para observar o céu, jamais senta numa rocha à beira mar para admirar o azul infinito, mas sempre procura, e às vezes inconscientemente, manter-se ocupado demais para tais afazeres.
E você? Em que grupo está?
É comum dizer que um povo sem história é um povo sem identidade e que quem não sabe de onde veio não pode saber para onde vai. Mas como compreender que o ser humano, que é a mais sábia das espécies debaixo do Sol, tem tanta divergência quanto a esse assunto?
As idéias mais conhecidas quanto à origem da vida estão entre o evolucionismo e o criacionismo. O evolucionismo crê que tudo surgiu de um processo natural através do caos e aleatoriamente, portanto, sem planejamento. O criacionismo crê que tudo foi inventado por um arquiteto com um propósito, por isso essa teoria crê que há planejamento e chama o arquiteto planejador de Deus.
Para tomarmos posição junto a uma ou outra idéia é preciso estudo e dedicação. Em geral os seres humanos tendem a aceitar o que a maioria aceita, ou pior, o que a mídia defende. No mundo científico vemos que as maiores descobertas foram as que sofreram maior resistência e tinham menor aprovação popular.
Por muitos anos acreditou-se que não poderia haver harmonia entre ciência e religião. Era comum crer que deveríamos considerar a ciência e a fé cristã como coisas inteiramente separadas entre si. Ou ainda que para professar fidelidade ao cristianismo fazia-se necessário rejeitar toda a ciência moderna. Porém vemos na história que a ciência e a religião sempre andaram juntas. Einstein disse: “A religião sem a ciência é cega e a ciência sem a religião é manca.” Os maiores cientistas da história sempre mantiveram suas crenças em Deus. Por mais incrível que possa parecer, grande parte dos escritos de Isaac Newton foram na área teológica.
Mas o que é ciência?
Foi Galileu Galilei quem lançou as bases da ciência experimental. Para esse físico as teorias deveriam ser testadas e os experimentos repetidos a fim de serem validados como teorias consideradas verdadeiras. Baseado nessas afirmações Niels Bohr alegou que “não existem teorias bonitas e teorias feias. Existem apenas teorias verdadeiras e teorias falsas”.
Uma teoria como a da evolução das espécies, com tantos “elos perdidos”, desenvolvimentos miraculosos (olho, cérebro, DNA, etc.), extinções inexplicáveis e com muitos fenômenos irreprodutíveis (que nunca foram reproduzidos em laboratório ou observados naturalmente) não pode ser ciência. Jamais algum cientista, com todo seu conhecimento sobre vida e sobre células, pode fazer algo inanimado viver. Como poderíamos crer que o acaso que não tem nenhuma inteligência poderia fazer isso?
Imagine que você esteja andando na praia e encontre um recado na areia que diz: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Tenho plena certeza que você deduziria que alguém com um mínimo de inteligência passou por ali, um ser capaz de usar um alfabeto criado por alguém também inteligente. Seria muito mais difícil crer que o vento impulsionou uma onda, e que ao passar, deixou na areia essa complexa mensagem. Assim querem crer os “cientistas” afirmando que por um conjunto de forças naturais veio a existir a célula com um código genético que é muito mais complexo do que um código alfabético que organiza uma mensagem na areia. A natureza, como a areia, pode armazenar uma mensagem, mas não pode criá-la.
Crer que o código genético, que está em cada célula do seu corpo, apareceu por acaso, exige um bocado de fé. Ou ainda, crer que o complexo sistema solar, onde as forças das leis da física atuam simultaneamente para manter as horas, os dias, as estações e os anos, também surgiu de uma explosão desplanejada, exige um bocado ainda maior de fé. Vendo que a teoria da evolução das espécies não pode ser ciência, por não poder ser experimentada, só pode ser uma crença.
Acreditar em um Deus inteligente que criou as leis da física e os complexos códigos genéticos que compõem nossos corpos me parece bem mais lógico a crer que tudo surgiu do acaso de uma explosão.
Outro dia, quando caminhava por uma estrada vazia, ouvi uma explosão! Vi que vinha de uma fábrica de relógios! Foi estilhaço pra todo lado! Ao posicionar meu braço, a fim de proteger o rosto, percebi que pulseiras que foram lançadas da fábrica se abotoaram em meu braço, veio também com a explosão à caixa de um relógio novo que se uniu as pulseiras. Em seguida vieram os ponteiros, a máquina, e também o vidro que encaixaram-se de maneira surpreendente. Foi quando fui atingido por um raio e ouve uma fusão elétrica que ajustou a hora e impulsionou os ponteiros. Graças a isso amigo, hoje possuo este belo relógio!
Você acredita?!
Creio que não. Ninguém seria louco de acreditar nessa história, seria?!
Pois tenha certeza, o universo é muito, muito mais complexo do que o mais perfeito relógio.

Carlos André Pscheidt

2 comentários:

Anônimo disse...

Fera!!!
Morri de rir com a história do relogio

Anônimo disse...

Me fez pensar...